sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
sábado, 5 de janeiro de 2008
Estive meio que de férias de tudo isso, senti muita falta desse mundo virtual mas já tão real para algumas pessoas como eu. Mas tenho que confessar que este meu auto-exílio (se posso assim chamá-lo) me fez definitivamente bem. E agora, mais até do que antes, sinto que era exatamente disso que eu precisava.
Sabe por quê? Porque eu acredito nós mesmos nos permitimos juntar pedras durante o caminho, pedras pesadas e aparentemente necessárias. Pedras como o ciúme, a rejeição, a frustração, a decepção. Mas o pior é que achamos que precisamos delas e inevitavelmente nos cansamos. Nessa hora é preciso parar. Não para permanecermos estagnados e sem perspectiva alguma, mas para recomeçar. Para pôs as idéias no lugar, lembrar (ou descobrir) quem você realmente é, redefinir os planos e principalmente, jogar as pedras fora. É necessário estar sozinho de vez em quando, ter um tempo apenas para você e nada mais.
E é aí, nesse tempo de diálogo interior, que nos damos conta do que nos é realmente necessário: coisas, situações, planos, sonhos... mas principalmente as pessoas. Pessoas às quais a gente se acostuma e muitas vezes nem percebe o valor. Sempre li isto embora nunca tivesse acreditado: é na solidão que percebemos algo que raramente percebemos na companhia: o nosso próprio valor, o valor das pessoas e a necessidade que temos delas. Todos deveriam passar um tempo sozinhos para compreender isso.
Mas a melhor parte é voltar à ativa totalmente reciclada e revigorada. Ver os amigos te recebendo com os braços abertos, com a mesma alegria e carinho de sempre (ou ainda maiores), dizendo que sentiram sua falta, suas conversas e sua companhia mesmo que virtual (mas eu insisto em dizer 'real'). É realmente muito bom perceber que se é querida, amada e estimada, não por todos, mas por aquelas pessoas a quem você faria o mesmo. Eu só tenho a agradecer à todos vocês e para isso eu sinto mesmo a necessidade de escrever todos os nomes aqui:
Callebe, João, Danilo (é o onlye =]), Cláudinha, Dan (é o DAssis =]), Marcos, Guilherme. Me perdoem se esqueci de alguém.
Tudo tem o seu tempo. Idas e vindas, amores e desamores. Amizade. Força e sensibilidade. Eu posso definir tudo isso com a frase de uma amiga minha:
"Aprendi com a primavera a me deixar cortar. E a voltar sempre inteira." (Cecília Meireles)